Perfil da Semana: Burt Lancaster

Capítulo II

Boa noite, amigos cinéfilos! Na sequência do nosso "Perfil da Semana", continuaremos narrando a trajetória do grande astro Burt Lancaster. Assim que os EUA entram na Segunda Guerra Mundial, Burt, assim como muitos jovens de sua época, resolve ir à luta. Porém, seu papel não foi à linha de frente e, sim, integrante de um grupo de serviços especiais para entreter os soldados (posto alcançado por sua experiência no circo).

Ao final do conflito, já com 32 anos, não tinha nenhuma profissão à vista. É quando decide participar de seleções de elenco em montagens teatrais, depois de um encontro com um produtor de espetáculos num elevador. O empresário, ao observar uma bela figura de 1,85 à sua frente, disse-lhe que ele teria que ser ator. Sua aprovação no teste o levou imediatamente aos palcos da Broadway, onde estreia em 1945 com a peça "A Sound of Hunting".

Porém, após apenas 12 apresentações e com o fracasso de bilheteria, encerra-se a temporada da montagem. Mas a presença de um espectador atento mudaria sua sorte. Harold Hecht (1907-1985) identifica em Burt o que os americanos chamam de "star quality", conjunto de características que o cinema aprecia.

O agente encurta o caminho para que Burt estreie num policial de baixo orçamento, baseado num conto de Ernest Hemingway (1899-1961), "Assassinos", que inicialmente seria protagonizado pelo hoje ilustre desconhecido Wayne Morris (1914-1959), cujo cachê extrapolava os padrões da época. Dessa forma, o ainda inexperiente Lancaster estreia logo como protagonista. De início, nos primeiros filmes do ator, de sorriso fácil e aspecto de brutamontes, segundo palavras de Inácio Araújo, "podia irritar o espectador, `a custa de ficar sorrindo o tempo todo". Mas, com o passar dos filmes e dos anos, Lancaster conquistou seu espaço e seu público, com atuações cativantes e inesquecíveis. Até a próxima e bom deleite!!!

(FONTE: PUBLIFOLHA)